Um - Uma noite especial


Luan: Quer ir pro Hotel comigo depois do Show?
Uma pergunta, várias possibilidades. Pelo seu olhar, eu entendi o que ele queria. Além do mais, eu não era nenhuma criança.
Eu: Tá.
Ele sorriu.
Saí do camarim e fui em direção ao meu lugar.
Eu: Acho que você vai ter que voltar pra casa sozinha. Talvez eu fique um pouco mais.
A Betina ia comigo para todos os Shows que pudesse. Eu a arrastava pra falar a verdade.
Betina: Como foi no camarim?
Eu: Rápido, mas foram os melhores minutos da minha vida. Até agora. – Me corrigi.
Betina: Não sei se peço os detalhes agora ou mais tarde. – Ela riu.
Depois de um tempo de piadas por parte dela e ansiedade da minha, o Show começou. Vê-lo fazendo o que mais gostava me dava uma alegria imensa. Mais ainda porque ele fazia aquilo maravilhosamente bem. A voz dele, seu jeito, suas dancinhas...
Fosse um Show sem “previsões para depois”, meu coração iria disparar assim que o Show começasse. Mas a batidas aumentavam o ritmo cada vez que o fim do Show se aproximava. Ele sorriu quando me viu o que me deixou nervosa.
Assim que ele se despediu, percebi alguém da produção acenando pra mim. Sem me despedir da minha amiga, fui até onde ele (a pessoa) estava. Ele me levou até uma van.
-O Luan já vem.
Me sentei e tentei não parecer nervosa.
Depois de alguns minutos (eu já tinha até me acostumado com a van, pra falar a verdade), ouvi algumas vozes e a porta da van se abrir. Primeiro entrou o cara que me levou até a van, depois o seu secretário, o segurança, e enfim, ele.
Luan: Olha você aí, que legal.
Sorri um pouco envergonhada. Eu não era a primeira naquela situação e com certeza não seria a última. Ele se sentou ao meu lado e nós começamos a conversar até o caminho do Hotel. Subimos até o quarto. Ele olhou dentro dos meus olhos.
Luan: Você espera eu ficar cheiroso pra você?
Eu: Espero. – Ri.
Ele me beijou. Sentir seus lábios nos meus me deixava enlouquecida.
Luan: Vem me ajudar.
Ele me levou até o banheiro e me tomou em seus lábios novamente. Tiramos nossas roupas com calma, como se tivéssemos todo o tempo do mundo.
Luan: Você é tão linda...
Simplesmente sorri. Acho que ele sabia o que eu achava dele. O levei até o chuveiro. Acompanhei todo o percurso que a primeira gota de água fez em seu corpo. Como ele podia ser tão perfeito assim? Ele me puxou para perto do corpo dele para que  eu me molhasse também. Como se fossemos velhos conhecedores do corpo um do outro, passamos sabonete intercalando com beijos e amassos. Ele beijou meu pescoço, me fazendo arrepiar; o segurei pelo cabelo; ele voltou a me beijar.
Luan: Vem.
Eu: Vamos molhar os lençóis.
Luan: Não precisa se preocupar com os lençóis. – Ele riu.
Eu: Mas vai incomodar você. – insisti.
Luan: Eita! Tá bom, sempre quis dividir uma toalha.
No banheiro tinha uma daquelas toalhas enormes e felpudas. Ele nos envolveu nela e me guiou até a cama.
Luan: Satisfeita agora?
Eu: Ainda não. Logo, logo. – Rimos.
Ele me beijou de um jeito tão doce, e ao mesmo tempo, com tanto desejo... Afagou meus cabelos. Levou sua boca até o meu pescoço, me fazendo arrepiar novamente. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo como se procurassem algum lugar para repousar. Depois dela, foi a sua boca que viajou pelo meu corpo.
Eu: Luan.
Sussurrei seu nome.
Luan: Tô aqui linda.
Eu: Vai logo. – Pedi.
Ele me invadiu de uma vez, provocando em mim uma coisa meio diferente, que eu nunca havia sentindo vez alguma. Nós tínhamos uma espécie de “química” que foi comprovada pelo restante da noite; nós tínhamos um encaixe perfeito, atestado pelo momento em que chegamos ao ápice, somente com segundos de diferença.
Eu: Te amo. – Falei entre algumas outras palavras que foram pronunciadas naquela noite. Talvez aquela não fosse a melhor hora, ou talvez fosse. Mas eu sabia que talvez não tivesse aquela chance novamente. Eu precisava dizê-lo o quanto eu o amava. Ele se deitou ao meu lado.
Eu: Agora sim.
Ele riu. Deitei em seu peitoral.
Eu: E você?
Luan: Eu o quê?
Eu: O que você achou?
Luan: Você é maravilhosa.
Ele afagou meus cabelos e eu o abracei mais ainda. Conversamos mais um tempo e ele adormeceu. Consegui sair de seus braços sem assustá-lo e fui até o banheiro. Me vesti e coloquei sua roupa próximo à cama.
Luan: Você já vai? – Fiz que sim com a cabeça. – Ia fugir de mim é?
Eu: Fiquei com pena de te acordar.
Luan: Me dá seu número. Você não vai se ver livre de mim assim.
Eu: Que bom. – Sorri
Dei o número e ele como bom cavalheiro, me levou até a porta.
Eu: Tchau.
Luan: Até breve.
Eu: Pelo visto você gostou.
Luan: Gostei sim linda. – Ele me pegou pela cintura. – Muito.
Ele me beijou pela última vez e eu fui pra casa. Me conformei em não gritar aos quatro cantos do mundo que eu era a pessoa mais feliz do mundo. Quando cheguei em casa e fechei a porta atrás de mim, eu poderia fazer o que quisesse. Mas estava cansada demais pra pular por todo o apartamento. Resolvi dormir.


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